Cirurgia do fígado
Até meados dos anos 80 as cirurgias hepáticas eram consideradas atos de “heroísmo”, com muita perda de sangue e altíssimos índices de morbidade e mortalidade. Felizmente, nos últimos anos, tem-se evoluído bastante nesse contexto, com aprimoramento das técnicas cirúrgicas e melhora do controle intraoperatório, o que tem permitido que cirurgias de alta complexidade sejam realizadas com bastante segurança.
SINTOMAS
A maioria dos problemas no fígado apresentam sintomas similares, já que, mesmo que tenham origens distintas, essas doenças comprometem as mesmas funções do órgão. Os principais são:
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Dor na barriga;
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Náuseas ou vômitos frequentes;
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Falta de apetite ou sensação de estar satisfeito mesmo após apenas uma refeição leve;
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Perda súbita de peso;
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Coceiras;
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Veias da barriga dilatadas e visíveis através da pele;
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Febres frequentes;
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Inchaço ou acúmulo de líquido no abdome;
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Icterícia (quando a pele ou as mucosas ficam amareladas);
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Hemorragia.
TRATAMENTO
A maioria das indicações das cirurgias no fígado são por tumores malignos, que podem ser primários (quando surgem no próprio órgão) ou secundários (quando são metástases de tumores que inicialmente surgiram em um outro órgão). Contudo, lesões benignas (tais como nódulos e cistos) também podem ter indicação de ressecções hepáticas.
No planejamento de uma cirurgia hepática, deve-se levar em consideração o tipo da lesão e sua localização no fígado, além da anatomia do paciente, a qualidade e o tamanho do futuro que permanecerá após a cirurgia - que deverá ser capaz de regenerar e exercer suas funções no metabolismo, imprescindíveis à vida humana.
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Anatomia
O fígado é dividido anatomicamente em dois lobos, que são subdivididos em 8 segmentos, baseados no suprimento sanguíneo e ductos biliares. Essa divisão anatômica é a base para as ressecções hepáticas.
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Tipos de ressecção hepática
São chamadas hepatectomias (cirurgias de fígado) menores aquelas que envolvem a retirada de no máximo 2 segmentos, e hepatectomias maiores aquelas que envolvem 3 ou mais segmentos.
O tipo de retirada e sua nomenclatura dependerá de quantos e quais segmentos serão removidos com a cirurgia.
Porém, a complexidade da cirurgia não está necessariamente relacionada com o número de segmentos e o volume de fígado a ser retirado! É necessário conversar com seu médico para entender o seu caso.

