Hérnia inguinal
Hérnia inguinal é uma doença extremamente comum, sendo mais frequente em indivíduos do sexo masculino (8 a 10 vezes mais). Estima-se uma prevalência de 27 a 40% em homens e 3 a 6% em mulheres.
Popularmente também chamada de hérnia na virilha, acontece quando há protusão ou abaulamento de um órgão abdominal ou parte dele (geralmente o intestino) através de uma falha na parede abdominal. Quando se estende até a bolsa escrotal é chamada de inguino-escrotal. Em boa parte dos casos acomete os dois lados (hérnia inguinal bilateral).
SINTOMAS
Em alguns casos a hérnia inguinal pode ser assintomática. Contudo, na maioria dos casos a doença provoca sintomas, sendo mais comum: dor e abaulamento na virilha; aumento do volume da bolsa escrotal; e sensação de peso na região. Os pacientes também podem sentir desconforto ao realizar esforços físicos, tais como atividades esportivas, levantamento de peso ou relações sexuais.
TRATAMENTO
O único tratamento para a hérnia inguinal é o cirúrgico. A cirurgia além de corrigir o problema evita as principais complicações, que são o encarceramento e o estrangulamento.
O encarceramento ocorre quando o conteúdo da hérnia não retorna para o abdome, mesmo com uso de manobras para fazer essa reintrodução. A situação mais grave é o estrangulamento, que acontece quando esse conteúdo herniado encarcerado sofre isquemia e o órgão envolvido (mais comumente o intestino) pode necrosar. Nesses casos, a cirurgia deve ser realizada em caráter de urgência.
A cirurgia é segura e, atualmente, mais comumente realizada através da videolaparoscopia. Uma tela é inserida para fechar o defeito da hérnia e evitar a recidiva da mesma.
A alta é precoce, geralmente, menos de 24h após o procedimento. A recuperação costuma ser rápida. É recomendado um repouso relativo nos primeiros 15 dias. Atividades que não exigem esforços físicos podem ser realizadas já nesse período, desde que o paciente não se sinta desconfortável.
